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Como imaginar sua melhor versão sem peso, sem dores e recomeçar do zero |
Não era sobre ter tudo, mas sobre ser mais eu.
Todo mundo já passou por aqueles momentos meio automáticos: acordar, fazer o que precisa ser feito, dormir, repetir. Mesmo morando fora, cercada de paisagens novas e oportunidades diferentes, às vezes bate um vazio difícil de explicar.
Foi aí que resolvi parar e escrever uma espécie de mapa mental da vida que faria sentido pra mim, sem idealizações, mas com os pés no chão.
1. Como você quer se sentir?
Pode parecer simples, mas essa pergunta muda tudo. Durante muito tempo, minhas metas eram coisas como “quero morar em tal lugar” ou “quero comprar tal coisa”… Mas eu raramente me perguntava: como quero me sentir no meu dia a dia?
Quando troquei o “quero ter” por “quero sentir”, comecei a entender melhor minhas prioridades.
Pra mim, a resposta veio em palavras como: leveza, liberdade, entusiasmo, conexão.
E pra você? O que te traz essas sensações na prática?
2. Crie visões pequenas para cada área da sua vida
Uma coisa que aprendi (na marra) é que não dá pra esperar a vida se alinhar sozinha. Eu comecei a dividir mentalmente a vida em partes: corpo, mente, trabalho, relações, lar, crenças… e fui imaginando, com calma, como seria minha melhor versão em cada uma delas.
Algumas perguntas me ajudaram muito:
- Como é a rotina de uma versão minha que se sente bem no próprio corpo?
- O que uma relação saudável significa pra mim hoje?
- Qual tipo de trabalho me faz perder a noção do tempo (no bom sentido)?
E sim, deixar pra trás pessoas e hábitos que já não fazem sentido foi parte do processo. Só de começar a imaginar, a gente já começa a se mover.
3. Use referências: mas com filtro
Tem muita gente incrível por aí compartilhando estilos de vida inspiradores. E sim, eu adoro acompanhar algumas delas. Mas uma coisa é admirar, outra é se comparar.
O que funciona pra você pode ser bem diferente do que funciona pros outros.
Tem gente que encontra equilíbrio vivendo no campo. Outras, num apê numa cidade movimentada com metrô barulhento e muito café.
Vale testar rotinas, hábitos, hábitos alimentares, formas de trabalhar... mas sempre voltando pra essa pergunta-chave:
4. Visualize com detalhes (e escreva, se puder)
Uma prática que mudou muito minha forma de ver o presente e o futuro foi escrever, com detalhes, como seria um dia ideal na minha vida.
Tipo assim:
Acordo com calma. O céu tá meio nublado, mas bonito. Coloco uma música leve, faço meu chá (parei de beber café) e me sento pra ler, com vontade. Isso acontece mais em dia de folga ou quando o trabalho permite. Também aproveito pra brincar com minha cachorrinha, dar atenção à minha esposa.
No fim da tarde, faço o jantar, assisto algo leve, ouço um podcast que me inspira, tipo aquele de uma professora britânica que adoro, e sinto que vivi o dia com propósito.
Essa visualização dá direção. Quando a gente tem clareza do que quer sentir, até as pequenas decisões do dia a dia começam a mudar.
5. Atualize sua visão com frequência
A vida muda, e a nossa visão também. O que fazia sentido seis meses atrás pode já não refletir quem você é agora. E tudo bem.
Eu costumo revisar minha visão de vida a cada estação, ou sempre que sinto que algo está saindo do eixo. Às vezes é só uma pequena mudança, outras é um reposicionamento completo.
Não é sobre controlar tudo. É sobre viver com mais intenção.
No fim das contas… é um compromisso com você mesma
Imaginar sua melhor versão não é um plano infalível — é um exercício gentil de reconexão. É escolher sair do modo automático e se permitir sonhar com uma vida que te faça bem.
Sem pressa, sem pressão, mas com verdade.
Feche os olhos por alguns minutos e se pergunte… Como seria um dia bom, simples e feliz pra mim?
Começa por aí.